Recebendo um repórter
em seu terreiro, o Babalorixá, foi mostrando, o funcionamento do seu templo, dizendo
que tudo é planejado para que haja sempre a maior organização possível, pois
sem isso, todo o ambiente se tornaria um caos, incluindo o próprio ritual.
Depois de ter admirado tudo, visto os filhos da casa nas suas tarefas, e de ter assistido a um ritual, o repórter perguntou:
- Como o Sr. consegue manter toda esta organização onde até o próprio espaço é bonito e limpo?
Depois de ter admirado tudo, visto os filhos da casa nas suas tarefas, e de ter assistido a um ritual, o repórter perguntou:
- Como o Sr. consegue manter toda esta organização onde até o próprio espaço é bonito e limpo?
- Bem, para começar,
devo dizer que todos têm tarefas e responsabilidades atribuídas, todos sabem
qual é o seu lugar, ou pelo menos têm obrigação disso. Desde os que fazem a limpeza
do salão, os que são responsáveis pela preparação das oferendas, os que recebem
e encaminham as pessoas novas, os que guardam os utensílios e materiais
necessários, os que ajudam na administração e manutenção, os cambones e médiuns
da corrente, e os que tocam os instrumentos sagrados, todos zelam pelo bom
funcionamento do terreiro!
- Talvez seja por isso que tenha tantos filhos e tanta gente nova assistindo aos trabalhos.
- Gente nova sempre aparece. É a meu ver, a gratidão do astral para comigo e para com todos os que fazem parte da nossa comunidade, pela honestidade e sentido de justiça com que nos entregamos à nossa missão. Quanto aos filhos da casa, não são tantos assim.
- Como assim? Contei vários filhos durante a sessão.
- Pois bem, deixe-me explicar as coisas de outra maneira:
Tente imaginar o terreiro como um enorme relógio de corda que, para funcionar bem, precisa que lhe dêem corda. Eu faço isso. Depois, precisa que todas as engrenagens e mecanismos, funcionem bem e estejam sincronizados. Para isso, é necessário que os médiuns da corrente estejam de mente limpa, e que tenham observado os devidos preceitos para o dia do ritual, e que os filhos que tocam os atabaques, assim como os outros restantes, que cantam os pontos sagrados, batem palmas, e dão apoio ao ritual, tenham também observado os devidos preceitos para esse ritual. Que todos, estejam concentrados, e se entreguem de corpo e alma ao que estão fazendo, pois são eles que marcam o “tic tac” do relógio. Ora, se tudo funcionar corretamente, o relógio vai dar as horas certas.
Mas, talvez não tenha reparado, durante o ritual, havia filhos, que supostamente deveriam estar dando apoio, mas uns não cantavam, outros não batiam palmas, outros nem sequer prestavam atenção ao ritual, e alguns até conversavam sobre assuntos diversos. Esses, são as peças soltas do relógio, não fazem parte das engrenagens do mesmo e quando o relógio não dá as horas corretas, são eles os responsáveis por isso. E mais cedo ou mais tarde acabam por sair do mecanismo, e procurar outro relógio em que talvez se encaixem nas suas engrenagens. Por isso, na verdade, filhos da casa são muito poucos.
Quantos se preocupam em fazer a limpeza do espaço para que as coisas fiquem limpas e asseadas? Um pequeno grupo!
Quantos se preocupam em questionar, se é necessário algum tipo de ajuda referente ao funcionamento do terreiro e seus rituais? O mesmo grupo!
Quantos se preocupam em manter o silêncio e o respeito dentro da área que é um espaço consagrado aos Sagrados Orixás e ao Criador? O mesmo grupo!
Quantos se preocupam em cultivar e estudar os ensinamentos teóricos que vão sendo transmitidos? O mesmo grupo!
Quantos se preocupam em estarem presentes em todos os rituais sempre que lhes seja possível, sem escolherem apenas aqueles que mais lhes convém, pois têm consciência que a presença de todos, é importante para a sustentação dos trabalhos? O mesmo grupo!
Quantos se preocupam, dentro das suas possibilidades e sem afetar a sua vida pessoal e profissional, em chegar o mais cedo possível, para ajudar na preparação dos trabalhos? O mesmo grupo!
E por ultimo, quantos se preocupam em me telefonar no resto dos dias, apenas para perguntar se eu estou bem, sem me falarem dos seus problemas pessoais, e como hão de resolvê-los? Ainda o mesmo grupo!
Então esses são os meus filhos. Apenas esse grupo forma as peças das engrenagens do meu terreiro. Os outros são somente “peças soltas”.
- Talvez seja por isso que tenha tantos filhos e tanta gente nova assistindo aos trabalhos.
- Gente nova sempre aparece. É a meu ver, a gratidão do astral para comigo e para com todos os que fazem parte da nossa comunidade, pela honestidade e sentido de justiça com que nos entregamos à nossa missão. Quanto aos filhos da casa, não são tantos assim.
- Como assim? Contei vários filhos durante a sessão.
- Pois bem, deixe-me explicar as coisas de outra maneira:
Tente imaginar o terreiro como um enorme relógio de corda que, para funcionar bem, precisa que lhe dêem corda. Eu faço isso. Depois, precisa que todas as engrenagens e mecanismos, funcionem bem e estejam sincronizados. Para isso, é necessário que os médiuns da corrente estejam de mente limpa, e que tenham observado os devidos preceitos para o dia do ritual, e que os filhos que tocam os atabaques, assim como os outros restantes, que cantam os pontos sagrados, batem palmas, e dão apoio ao ritual, tenham também observado os devidos preceitos para esse ritual. Que todos, estejam concentrados, e se entreguem de corpo e alma ao que estão fazendo, pois são eles que marcam o “tic tac” do relógio. Ora, se tudo funcionar corretamente, o relógio vai dar as horas certas.
Mas, talvez não tenha reparado, durante o ritual, havia filhos, que supostamente deveriam estar dando apoio, mas uns não cantavam, outros não batiam palmas, outros nem sequer prestavam atenção ao ritual, e alguns até conversavam sobre assuntos diversos. Esses, são as peças soltas do relógio, não fazem parte das engrenagens do mesmo e quando o relógio não dá as horas corretas, são eles os responsáveis por isso. E mais cedo ou mais tarde acabam por sair do mecanismo, e procurar outro relógio em que talvez se encaixem nas suas engrenagens. Por isso, na verdade, filhos da casa são muito poucos.
Quantos se preocupam em fazer a limpeza do espaço para que as coisas fiquem limpas e asseadas? Um pequeno grupo!
Quantos se preocupam em questionar, se é necessário algum tipo de ajuda referente ao funcionamento do terreiro e seus rituais? O mesmo grupo!
Quantos se preocupam em manter o silêncio e o respeito dentro da área que é um espaço consagrado aos Sagrados Orixás e ao Criador? O mesmo grupo!
Quantos se preocupam em cultivar e estudar os ensinamentos teóricos que vão sendo transmitidos? O mesmo grupo!
Quantos se preocupam em estarem presentes em todos os rituais sempre que lhes seja possível, sem escolherem apenas aqueles que mais lhes convém, pois têm consciência que a presença de todos, é importante para a sustentação dos trabalhos? O mesmo grupo!
Quantos se preocupam, dentro das suas possibilidades e sem afetar a sua vida pessoal e profissional, em chegar o mais cedo possível, para ajudar na preparação dos trabalhos? O mesmo grupo!
E por ultimo, quantos se preocupam em me telefonar no resto dos dias, apenas para perguntar se eu estou bem, sem me falarem dos seus problemas pessoais, e como hão de resolvê-los? Ainda o mesmo grupo!
Então esses são os meus filhos. Apenas esse grupo forma as peças das engrenagens do meu terreiro. Os outros são somente “peças soltas”.
Ramiro de kali
Um comentário:
Que eu, e Todos os Meus Protetores Espirituais (sem exceções, mesmo), sejamos, Sempre, e cada vez mais: doutrinados (catequizados, evangelizados), positivamente, Sempre a Nosso favor (e Jamais contra nós)! Para que nós, tenhamos (bons, ótimos, excelentes): Ancoramentos (Assentamentos, Firmezas), Saúdes (Luzes, Paz), Proteções: muitíssimos (mesmo), por tempo demais, a nos! Sempre (Positiva, Real, Verdadeira, Definitivamente)! Mesmo! Em Nome das Sagradas (Gloriosas, Benditas): Umbandas! Sempre! Saravá! Sempre! Male! Sempre! Assim Se Faça! Assim Seja! Amém! Axe, Axe, muito Axe!...
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