sábado, 11 de junho de 2011

A Visão Umbandista de Céu e Inferno

Para nós, umbandistas, não existe a divisão céu e inferno, adotada pelo catolicismo. Trabalhamos com diferentes regiões astrais conhecidas como faixas vibratórias superiores e inferiores. Falando mais claramente, cremos que as entidades e espíritos evoluídos fazem parte das faixas superiores e os de esquerda (em um grau de evolução diferenciado) das inferiores.


Os quiumbas, eguns e sofredores (com baixíssima ou nenhuma evolução), estão em faixas intermediárias e, justamente por isso, são eles os espíritos causadores de diversas perturbações aos encarnados.

Essas faixas vibratórias estão localizadas em nosso plano físico e dividem conosco o mesmo espaço astral. Por serem chamadas de superiores e inferiores, fica a impressão, para os leigos, de que se situam acima e abaixo de nós, o que é totalmente equivocado. Ambas estão acima de nosso espaço físico e aí se dividem da forma já citada.

Não existe na doutrina umbandista um céu repleto de anjos tocando harpas em meio ao azul infinito, nem as profundezas da terra com grandes caldeirões ferventes em que diabos vermelhos espetam almas com tridentes pela eternidade.

A Umbanda adota conceitos mais próximos à doutrina espírita. As entidades trabalhadoras de nossos terreiros habitam planos diferenciados com regras rígidas de tempo e espaço com separações de acordo com o padrão vibratório de cada grupamento espiritual.

Existem colônias umbandistas que convivem em plena harmonia com aquelas que a literatura espírita nos apresenta apesar de ela, pouco ou quase nunca, tocar no assunto. As divisões são as mesmas que utilizamos em nossos trabalhos, cada grupamento é reservado a uma linha que por sua vez é comandada por um orixá. Não há céu, não há inferno, muito menos purgatório.

Um comentário:

Rafael Hernandes disse...

Absolutamente correta essa colocação, se pudesse somar alguns dados, as "Colônias Umbandistas", são chamadas pelas entidades que se apresentam em nossa Tenda, como "Aldeias". Até para traçar um paralelo com as colonias espiritas.

Saravá aos irmãos.

Rafael d'Ogum