sábado, 25 de junho de 2011

O santo de cabeça na Umbanda

Como se determina o santo de cabeça na Umbanda?


Essa pergunta é sempre feita quando dizemos que a Umbanda não utiliza os búzios. No Candomblé não há como definir o orixá de cabeça de uma pessoa se não for através desse oráculo e isso causa muitas dúvidas para quem não pertence ao meio umbandista.

Conheço médiuns experientes que recorreram a zeladores do Candomblé para que sua coroa dada na Umbanda fosse confirmada. É claro que não entrarei nesse mérito, pois cada um sabe onde o calo lhe aperta, mas não concordo com essa postura. Sou de Umbanda e aceito o que ela me dá!

No padrão umbandista há uma série de procedimentos para se chegar à definição do santo de coroa. Em primeiro lugar a data de nascimento; depois as características físicas, a personalidade e a energia emitida pelo médium durante um trabalho. Com esses dados, devidamente percebidos, o dirigente chega ao orixá de frente e pede a confirmação ao guia chefe do terreiro.

Somente a entidade chefe da casa afirmará com certeza se o santo levantado por esses dados está correto. Para isso procede a um trabalho de levantamento energético onde as vibrações emanadas pelo médium são comparadas àquelas do santo que lhe foi atribuído e confirma ou não se elas se coadunam. Dificilmente o dirigente erra, pois a percepção das energias se torna corriqueira no andamento dos trabalhos, mas a confirmação da entidade chefe é fundamental para maior segurança do médium.

Basicamente é esse o procedimento. Não poderia entrar em maiores detalhes, pois cada guia chefe tem a sua própria maneira de verificar e concluir esse levantamento, mas posso garantir que essa forma é a mais freqüente dentro dos terreiros que não fazem uso dos búzios.

2 comentários:

Rafael Hernandes disse...

Realmente esse é um assunto que deixa muita gente curiosa.
Sinceramente, eu sempre fico com um pé atras, quando o assunto é dizer quem é responsável pelo filho de fé. Pela numerologia, por exemplo, para mim deu Xangô, mas na prática, uma vidente me disse Oxosse, mas sou de Ogum.
Em nossa tenda, cada médium aprende a desenvolver sua mediunidade e na hora certa se "descobre" esse mistério.

Paz e luz.

Rafael d'Ogum

Cavaquinista Amador disse...

Asé-o!
Por muitos anos tive a benção de Xango e Oxum... o tempo passa, amadurecemos social, memtal e espiritualmente. Hj sou Rombono de Bamburucema, orgulho de meus orixás, mas nesse ponto. Minha Mãe só falou nos Kawi! Sou Filho dis ventos, Trago a Justiça em Meu Peito, e o doçura em meu coração. Sou Filho do Axè e tenho orgulho disso.

Asé-o!
Rombono de Bamburucema.
Zethayon