segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O Uso da Pemba

A pemba é um dos elementos mais importantes para um terreiro e todo o trabalho espiritual e magístico que ele realiza. É usada em assentamentos, firmezas, pontos riscados pelas entidades e cruzamento de médiuns para determinados trabalhos. Pode ser usada em forma de pó ou no tradicional formato ovalado conhecido de todos os frequentadores da Umbanda. Não existe um ritual dentro do terreiro em que a pemba não seja usada.


Quando utilizada para pontos riscados abrange vibrações específicas através de suas cores. A cor branca é predominante para esse uso, pois sua energia é harmonizadora e passiva. A entidade, através de seu ponto riscado com a pemba, identifica-se perante o terreiro. Esse ponto é uma assinatura astral onde as principais características da entidade são demonstradas e pode-se dizer que se trata de sua carta de apresentação. Nele podemos encontrar a linha, a vibração e a origem astral do espírito em terra, além de servir como captação de forças para o ritual umbandista.

As pembas coloridas têm outros tipos de vibração e devem ser usadas com cuidado por quem realmente sabe o que está fazendo, já que são quase que exclusivamente reservadas para traçados de símbolos sagrados. Suas vibrações atuam energeticamente nos campos de atuação dos orixás e por isso requerem conhecimento e respeito para um bom resultado no trabalho a que se destinam.

Os pós de pemba são utilizados para descarrego e energização dos médiuns e consulentes e cumprem a função de limpar e descarregar o ambiente do terreiro dos miasmas e negatividades que porventura acumularem-se durante o trabalho.

Apesar de termos consciência que as pembas industriais, em sua maioria, nada mais são que pó de gesso, devotamos nossa fé e segurança nesse amuleto, já que elas sempre são cruzadas pelas entidades chefes de terreiro. A feitura da pemba original é de difícil processo e poucos dirigentes têm o tempo, o material e até mesmo o conhecimento adequado para moldá-las. Então as industrializadas atualmente ocupam a grande maioria das casas de Umbanda, o que não invalida os trabalhos e rituais preparados com elas.

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