sábado, 2 de outubro de 2010

A origem do Hino da Umbanda

Em 28 de Junho de l961 realizou-se no Maracanãzinho (Rio de Janeiro), a Festa de Congraçamento do Segundo Congresso Brasileiro de Umbanda, em que compareceram cerca de quatro mil médiuns uniformizados, além de grande público assistente.

Foi nesse congresso que o Hino da Umbanda foi oficialmente adotado em todo o Brasil, como o Hino Oficial da Umbanda.

Há uma história interessante com relação ao criador do hino. Segundo foi apurado, a letra foi composta na década de 60 por José Manoel Alves, um cego, que em busca de uma solução para seu problema, foi procurar a ajuda do Caboclo das Sete Encruzilhadas. Embora não tenha conseguido a cura da cegueira que, segundo o Caboclo, era de origem cármica, se tornou um seguidor apaixonado pela Umbanda. Para mostrar que poderia ver o mundo e a religião de outra maneira que não pelos olhos, compôs a letra que até hoje cantamos em nossos terreiros.

José Manoel mostrou a letra a Zélio de Moraes (nesse ponto as informações divergem, há quem diga que foi mostrada primeiro ao Caboclo das Sete Encruzilhadas), que gostou tanto que resolveu apresentá-lo como Hino Oficial da Umbanda no Congresso, onde foi imediatamente aprovado.

José Manoel Alves nasceu em Monção, Portugal. Em 1929 vem para o Brasil, indo residir no interior do Estado de São Paulo. Era compositor de músicas populares e compôs hinos para vários templos. A música do hino foi composta pelo maestro Dalmo da Trindade Reis.

Refletiu a luz divina

em todo seu esplendor

é do reino de Oxalá

Onde há paz e amor

Luz que refletiu na terra

Luz que refletiu no mar

Luz que veio, de Aruanda

Para todos iluminar

A Umbanda é paz e amor

É um mundo cheio de luz

É a força que nos dá vida

e a grandeza nos conduz.

Avante filhos de fé,

Como a nossa lei não há,

Levando ao mundo inteiro

A Bandeira de Oxalá !

Levando ao mundo inteiro

A Bandeira de Oxalá !



2 comentários:

Romulo Cardoso disse...

José Manoel Alves.
Pois é, em muitos lugares este homem teria o seu nome reverenciado pelo fato do seu legado dentro da nossa religião, porém no Brasil, nós cantamos as músicas e até sabemos quem é o interprete, porém poucos os que sabem o autor.
Memória meus caros, memória e respeito é o que nos distingue de outras nações, ou melhor, a falta dela...

Dininha disse...

Realmente é maravilhoso desfrutar um pouco sobre essa religião LINDA... sou feliz por ser UMBANDISTA! SARAVÁ