Com o aumento de vertentes dentro da Umbanda, os questionamentos sobre certos padrões, também aumentaram. Sem querer ser o dono da verdade, coisa que não sou mesmo, irei, aos poucos, colocando aqui minha visão sobre alguns temas.
Todos podem discutir ou mesmo discordar do que digo, mas o que escrevo faz parte de minha vivência dentro do terreiro e posso garantir que nunca tive problema algum relacionado aos pontos que abordarei.
- Pode um terreiro ter apenas dois atabaques?
- Os médiuns não deveriam estar uniformizados de branco?
Os atabaques, segundo a lei, devem ser três: o grande, o médio e o pequeno, cujos nomes são run, rumpi e le. Isso pode ser adequado de acordo com o espaço e condições financeiras do terreiro. Há inúmeras tendas que só contam com um ou dois de mesmo tamanho. Devemos pensar que às vezes o ambiente é tão diminuto que mal cabem os médiuns. Como então manter três atabaques? Em minha casa nem temos esse instrumento, apesar de concordar com sua importância. Não temos por dois motivos: Primeiro por causa do espaço, depois, fui tranqüilizado pelas entidades mo sentido de poder conduzir nossos trabalhos dispensando seu uso, sem prejuízo algum à caridade prestada. Não é isso o que interessa?
A questão dos trajes mediúnicos é resolvida pelos mestres doutrinadores da casa. A maioria dos dirigentes uniformiza seus médiuns de branco, que é a cor de Oxalá e da pureza, além de ser a união de todas as cores. Entretanto, nada impede que uma casa resolva que cada médium deva vestir-se com a cor de seu santo de coroa ou que tenha roupas coloridas para serem usadas em dias de festividades, idéia, aliás, cada vez mais difundida. Eu, particularmente, gosto muito de um terreiro com muitas cores. Muitos dirão que isso remeterá diretamente ao Candomblé. E qual é o problema disso? Não sei e não vejo!
Luiz Carlos Pereira
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